eco.t - Ecologia Política Planejamento e Território

O Grupo de Pesquisa eco.t – Ecologia Política, Planejamento e Território – tem como objetivo desenvolver pesquisa e extensão na temática da ecologia política que analisa a problemática socioambiental a partir de uma visão crítica ao desenvolvimento, com foco nas relações de poder e na produção de desigualdades. Sua inovação é fortalecer e expandir tal reflexão para o campo do planejamento territorial, com o objetivo de entender os processos que levam às injustiças territoriais e propor caminhos para a sua transformação. As atividades do grupo se concentram na produção de pesquisa crítica, na produção de publicações científicas, mas também de mobilização popular, além de cursos de formação e aprofundamento das temáticas socioambientais no recorte territorial.

Projetos

Água

       Veridiana Emilia Godoy

A insegurança hídrica urbana é produzida por relações sociais e de poder, como as relações de gênero. Dessa forma, o objetivo da pesquisa é entender como as relações de gênero constituem as dinâmicas de insegurança hídrica em contextos de moradias precárias no município de São Paulo. A partir da perspectiva da ecologia política feminista, aborda-se a relação entre o público e o privado e os papéis de gênero nas práticas de garantia de acesso à água.

Leonardo Varallo, Marcelo Aversa, Rayssa Saidel Cortez, Vanessa Lucena Empinotti

Em um contexto fortemente marcado por mudanças climáticas globais, incertezas e com fortes tendências de alterações nas dinâmicas de regime hídrico, é necessário avançar no conhecimento e inovação das práticas de gestão da água e governança ambiental, com ênfase na vulnerabilidade hídrica face à variabilidade climática, numa perspectiva integrada, descentralizada e interdependente. O objetivo deste projeto consiste em analisar de forma interdisciplinar o conjunto de processos que devem compor uma agenda de atuação e de integração das diferentes interfaces da governança ambiental associados à água e seus diversos usos na Macrometrópole Paulista.

Site: https://pesquisa.ufabc.edu.br/macroamb/

Publicações:

CORTEZ, R. S. ; EMPINOTTI, VANESSA L. . Segurança Hídrica em Paranapiacaba e o acesso à água para além da infraestrutura. In: Ruth Ferreira Ramos, Samia Nascimento Sulaiman, Silvia Helena Passarelli, Pedro Roberto Jacobi. (Org.). Paranapiacaba: Conflitos, Saberes e Perspectivas de Desenvolvimento na Macrometrópole Paulista. 1ed.Santo André: Editora UFABC, 2021, v. 1, p. 1-121.

EMPINOTTI, VANESSA L.; Natalia Dias Tadeu ; FRAGKOU, M. C. ; SINISGALLI, P. A. A. . Desafios de governança da água: conceito de territórios hidrossociais e arranjos institucionais. ESTUDOS AVANÇADOS (ONLINE), v. 35, p. 177-192, 2021.

EMPINOTTI, VANESSA; Giatti, L.L ; Sinisgalli, P ; Bermann, C . O Nexo Água?Energia?Alimento e os desafios da governança ambiental da Macrometrópole Paulista.. In: TORRES, P. H. C.; JACOBI, P. R.; BARBI, F.; GONÇALVES L.. (Org.). Governança e Planejamento Ambiental: adaptação e políticas públicas na Macrometrópole Paulista.. 1ed.Rio de Janeiro: Letra Capital, 2019, v. 1, p. 171-177.

Favareto, A ; EMPINOTTI, VANESSA . Agricultura, ruralidades e adaptação às mudanças climáticas na macrometrópole paulista. In: TORRES, P. H. C.; JACOBI, P. R.; BARBI, F.; GONÇALVES L.. (Org.). Governança e Planejamento Ambiental: adaptação e políticas públicas na Macrometrópole Paulista.. 1ed.Rio de Janeiro: Letra Capital, 2019, v. 1, p. 192-207.

JEPSON, WENDY ; WUTICH, AMBER ; EMPINOTTI, VANESSA LUCENA ; JACOBI, PEDRO ROBERTO . Water insecurity and the state: failure, disconnection and autonomy. WATER INTERNATIONAL, v. 46, p. 779-782, 2021.

Hugo Kamiya Tsuitsui

Com o objetivo de analisar as (re)configurações das dinâmicas territoriais na Tríplice Fronteira (MS-PR-SP), conformada pelos rios Paraná e Paranapanema, a partir da água como o elemento estruturador, esta pesquisa apropria-se do conceito de ciclo hidrossocial para desenvolver um sistema de análise com o propósito de aplicação no estudo de caso. A sua aplicação, tendo como foco a atuação dos diversos grupos sociais, a materialidade da água, as infraestruturas implantadas e as relações ecossistêmicas, possibilitou sintetizar uma narrativa dos principais processos de reconfigurações que estão intimamente imbricados na produção da água e do território. 

Publicações: 

TSUTSUI, H. K.; EMPINOTTI, V. L. . O papel da água na atuação e reflexão do planejamento regional brasileiro: uma perspectiva histórica. REVISTA POLÍTICA E PLANEJAMENTO REGIONAL, v. 8, p. 121-139, 2021. http://www.revistappr.com.br/conteudo.php?m=NDE1&l=pt

TSUTSUI, H. K.; EMPINOTTI, V. L. . O papel da água nas dinâmicas territoriais: aplicação do sistema de análise do ciclo hidrossocial na tríplice fronteira (Mato Grosso do Sul-Paraná-São Paulo). In: PLURIS, 2021, Digital. Anais [recurso eletrônico] / do 9. Congresso LusoBrasileiro para o Planejamento Urbano, Regional, Integrado e Sustentável: pequenas cidades, grandes desafios, múltiplas oportunidades, Bauru, 07-09 abr. 2021, 2021. https://pluris2020.faac.unesp.br/home

TSUTSUI, H. K.; MACHIAVELLI, P. L. ; KERBER, L. . O ensino do Urbanismo e o modelo disciplinar: crítica e reflexão para uma nova agenda. REVISTA POLÍTICAS PÚBLICAS & CIDADES, v. 7, p. 179-194, 2018. https://rppc.emnuvens.com.br/RPPC/article/view/235/170

TSUTSUI, H. K. (2019) O Ciclo Hidrossocial como Ferramenta de Análise: Uma Proposta Metodológica e Aplicação às Dinâmicas Territoriais da Tríplice Fronteira (Mato Grosso do Sul – Paraná – São Paulo). Dissertação (Mestrado) — Universidade Federal do ABC, Planejamento e Gestão do Território, São Bernardo do Campo.

Mato

Leticia Costa de Oliveira Santos

A partir do entendimento de comuns urbanos como socionaturezas, ou seja, como co-produzidas por redes híbridas de humanos e não-humanos, busco compreender as práticas de produção dos jardins comunitários urbanos a partir dos discursos e materialidades. Particularmente observo as negociações e disputas materiais e simbólicas, além da autonomia, das sociabilidades e do cuidado nas relações híbridas.

Allan Razera

A partir de reflexões críticas sobre os processos históricos de ocupação e desmatamento da Amazônia e sobre os debates relacionados às causas do desmatamento é realizado na tese um esforço de caracterização e incorporação de aspectos da estrutura social e das dinâmicas territoriais, trabalhados à luz dos processos mais amplos de formação do território e da forma como neles se dá o acesso aos recursos, a relação entre campo e cidade, a estrutura produtiva, o acesso a mercados, entre outras dimensões fundamentais que conformam os processos e relações sociais.

Publicações:

RAZERA, A. Dinâmicas Recentes e Causas do Desmatamento da Amazônia: Caminhos para uma Abordagem Territorial. In: IX Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade – ENANPPAS, 2019, Brasília – DF.

RAZERA, A; FAVARETO, A. Reflexões sobre o Futuro da Amazônia a partir de uma Proposta de Periodização do Desmatamento. In: X Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade – ENANPPAS, 2021, Campinas – SP.

Terra

Marina Rago Moreira

Partindo de uma leitura do Planejamento Territorial, essa pesquisa visa analisar como os feminismos socioambientais têm articulado a noção de território nas últimas décadas. Esse termo emerge em diversos discursos com significados e sentidos políticos distintos, também como instrumento de luta. As mulheres rurais na América Latina têm um importante papel nessa construção frente aos conflitos territoriais que se agravaram no século XXI.

Rodrigo José Paixão

Publicações:

PAIXÃO, Rodrigo José. Desafios para a Consolidação de um Comum. 2020. Mestrado em Planejamento e Gestão do Território – Universidade Federal do ABC, São Bernardo do Campo – SP, 2020.

Renata Cristina Ferreira

Existe um tensionamento na aplicação do Código Florestal brasileiro em rios urbanos, pois a legislação instituída no âmbito federal, quando chega nos lugares ela se adequa e se molda às realidades, interesses e arranjos locais, não garantindo a sua preservação. A tese pretende analisar os principais conflitos encontrados nos rios urbanos brasileiros e entender quais seriam as interfaces de maior relevância entre eles e a legislação. E para compreender os condicionantes territoriais, a diversidade dos rios urbanos brasileiros, as diversas escalas de cidade que encontramos no país e as particularidades dos lugares, priorizamos o conceito de situação geográfica.

Publicações: 

FERREIRA, R. C. ; GALLO, F. Política e Gestão Ambiental para a Preservação das Margens dos Rios Urbanos na América Latina: Experiências da Colômbia e do Brasil. In: VIVIAN URQUIDI; MARGARIDA NEPOMUCENO; MAYRA COAN LAGO; JOANA DE FÁTIMA RODRIGUES; RITA DE CÁSSIA MARQUES LIMA DE CASTRO; SABRINA RODRIGUES. (Org.). Estado e lutas sociais na América Latina: sociedade, economia e política. 1ed.São Paulo: PROLAM/USP, 2019, v. 3, p. 1156-1166.

FERREIRA, R. C. ; MAIA, D. C. ; GALLO, F. . O papel das Áreas de Preservação Permanente Urbanas na dinâmica das cidades contemporâneas brasileiras: uma reflexão sobre a perspectiva da ecologia política. In: XIII ENANPEGE – Encontro Nacional da ANPEGE, 2019, São Paulo. Anais do XIII ENANPEGE – Encontro Nacional da ANPEGE, 2019.

FERREIRA, R. C. A Elaboração de Estudos Técnicos Ambientais para a Regularização Fundiária de Interesse Social: Experiências em Área de Preservação Permanente Urbana na RMSP. In: II CONGRESSO BRASILEIRO DE ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO, 2019, Rio Claro